DEFESA DE DISSERTAÇÕES DE MESTRADO DE PROFESSORES ASSURINI

Três professores Assurini, mestrandos do PPGEDUC/UFPA e integrantes dos grupos de pesquisa GP HELRA e GP QUIMOHRENA, apresentam suas dissertações na Escola Warara’awa Assurini, na Terra Indígena Trocará, em Tucuruí/PA.

Celeste Pinto e Hugo Sanches

3/29/2025

Nos dias 03 e 04 de abril de 2025, o Campus Universitário de Tucuruí/Terra Indígena Trocará será palco de um evento acadêmico de grande relevância para a valorização dos saberes indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Promovido pelos grupos de pesquisa HELRA, QUIMOHRENA e DISENSOL, com apoio do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC) da Universidade Federal do Pará (UFPA), o evento reunirá pesquisadores, educadores e membros das comunidades tradicionais para discutir a educação diferenciada e a resistência cultural na Amazônia.

O ponto alto do evento ocorrerá no dia 03 de abril de 2025, com a defesa de dissertações de mestrado de três professores Assurini, membros dos Grupos de Pesquisa História, Educação e Linguagem na Região Amazônica (GP HELRA) e Quilombos e Mocambeiros: história da resistência negra na Amazônia (GP QUIMOHRENA). As defesas acontecerão na Escola Warara’awa Assurini, localizada na Terra Indígena Trocará, no município de Tucuruí/PA, e representam um marco na valorização do conhecimento indígena dentro do espaço acadêmico.

O professor Wakamuwia Assurini apresentará a dissertação "ESPAÇOS E LUGARES ASSURINI: um estudo sobre a territorialidade da Terra Indígena Trocará", cujo objetivo é compreender os conceitos matemáticos associados à cultura Assurini e trazer as contribuições da etnomatemática para a construção de atividades que integrem os conhecimentos matemáticos às práticas culturais indígenas na Escola Warara’awa Assurini. A defesa será às 9h.

A professora Vanderleia Assurini defenderá sua dissertação, intitulada "OMO’EPOTA KONOMITOA: experiências de alfabetização na língua materna na aldeia Assurini", que busca demonstrar como se desenvolve o processo de alfabetização na língua materna dos alunos do 3º ano do ensino fundamental da Escola Indígena Warara’awa Assurini, destacando a importância da preservação da língua e da cultura no processo educativo. A defesa está marcada para iniciar às 13h.

Já o professor Muretehoa Assurini defenderá a dissertação "A ETNOMATEMÁTICA NO CURRÍCULO ESCOLAR INDÍGENA: Saberes Tradicionais sobre a Contagem do Povo Assurini", que tem como objetivo compreender os conceitos matemáticos dentro da cultura Assurini, promovendo a integração entre os saberes tradicionais e a prática pedagógica na Escola Warara’awa Assurini. A banca de defesa será às 15h.

Além dessas defesas, o evento contará com rodas de conversa e palestras ministradas por especialistas, abordando temas como educação diferenciada, políticas públicas para inclusão de grupos tradicionais e a descolonização do saber. A iniciativa comemora os 15 anos de atuação dos grupos de pesquisa envolvidos e reafirma o compromisso da academia com a valorização das cosmologias indígenas, quilombolas e ribeirinhas.

Aberto a professores, estudantes e membros das comunidades tradicionais, o evento promete ser um marco na promoção da educação intercultural e no fortalecimento das ações afirmativas na Amazônia.

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